Se há dias em que o cansaço, desilusão e tristeza se apoderam, esse dia é mesmo hoje.
Depois de um ano de trabalho dificil, com muitos altos e baixos, muita tensão, muita decepção, chegam as férias em Agosto. Para facilitar a vida são duas semanas numa altura do ano que detesto e para as quais nem posso sequer propor uma alteração.
Pois é cada vez mais as entidades patronais abusam dos empregados e desta vez estou ainda mais desiludida do que o habitual com esta "gentalha".
Nao consigo recuperar em duas semanas também não me estou vitimizar, apenas nao consigo e se há alguém que consegue então é super homem/mulher.
O meu ano resume-se a acordar todos os dias às 6h45m, tratar de tudo, casa, filho e marido.
Este último passa mais tempo doente do que com saúde e com tudo aquilo que isso implica. Estou constantemente a ser surpreendida com as consequencias da sua doença e não são nada agradáveis. Além da doença crónica de que sofre, nestes últimos meses tem-se agravado outros estados que vieram piorar significativamente a nossa pouca qualidade de vida.
Não sou de me lamentar, nem me deixar abater. Sempre fui bastante optimista e forte. A minha cabeça por vezes parece uma máquina a tentar encontrar alternativas para todos estes males.
Assim vivo.
No fim recebo em troca duas semanas de férias e uma falta enorme de respeito por parte do patrão que conhece muito bem a minha vida familiar.
Estou mesmo no limite.