Desde sempre gostei de crianças e todos os filhos dos vizinhos ou familiares vinham para minha casa. Nessa altura eu teria 18 ou 20 anos. Dava-me muito bem com elas em todos os aspectos, ora para mudar fraldas, ajudar a comer ou mesmo ensinar.
Actualmente e mais velha um pouco, tenho um filho no 2º ano que me anda a por os cabelos em pé.
Tem aulas das 8h às 13h e o resto do tempo livre passa-o com os avós maternos.
Quase sempre faz os trabalhos de casa de forma atabalhoada, sem muita vontade. Chego à conclusão que não gosta da escola. No 1º ano o professor deu-me boas referencias; no 2º ano começou bem e tem vindo a piorar tanto a nível de aprendizagem como comportamento.
Hoje foi o dia "D", cheguei para o ir buscar como habitualmente e os seus coleguinhas informam-me que ele teve muito mau comportamento. Fiquei desalentada, pergunto-lhe o que se passou e a resposta é que o professor quer conversar comigo e que a culpa até nem é dele mas sim dos seus companheiros que falam e que insistem com ele para a conversa.
Não sei o que pensar.
Não sou muito de antecipar os factos, mas desta vez estou apreensiva e desanimada.
Ele gosta de conversar com o vizinho do lado é um facto, sei também que na sala dele existem meninos muito rebeldes. Ele é mais inocente e daí seja apanhado facilmente ao invés dos outros.
Que ansiedade!
Ele também perante a minha confrontaçao, disse-me que nunca acredito nele.
Desalento é mesmo a ordem do dia de hoje e até segunda feira.
Como não tem estudado o suficiente está proibido de ver televisão e jogar PS2, porém chega a casa dos avós (onde passa as tardes) e vê televisão, joga computador, visita os sites infantis. Se eu proibo ou resmungo os meus pais ficam contra mim nitidamente e estes actos constantes estão a saturar-me de um modo tão brutal que estou a ponderar muito seriamente colocá-lo num centro de activilidades de tempos livres. O méio é pequeno e a oferta não é muita.
Enfim aguardo pela segunda feira para tentar junto do professor perceber o que se está a passar.