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Quarta-feira, 26 de Novembro de 2008

Sonhos

Marta vivia supostamente uma felicidade encoberta, não sabia como definir... na sua vida tudo estava tão errado, questionava-se mas sem sucesso. Voltava sempre ao ponto de partida de uma viagem que dava os seus primeiros sinais de cansaço e derrota.

A sua paixão de sempre era a música, lema de vida, inspiração e sonho.

Passou longas tardes junto de um piano, estudava, planava e tal como mãe que dá à luz, sentia uma alegria incontida quando dos seus dedos fazia soltar as melodias que tantas vezes escutava dos virtuosos e que também ela as podia sentir.

Ao pisar um palco pairava sobre os sons e sentia-se levitar. Nessa época era feliz, muito feliz.

A vida foi evoluindo a idade também avançou.

Casou e comprometeu-se ser fiel, companheira na saúde e na doença e tudo o que a igreja impõe embora contra a sua própria vontade. Sim porque não era católica, crente mas sem associação com religião ou seita.

A Marta de outrora perdera o brilho dos olhos, a alegria eufórica, o sorriso fácil e a inspiração. Apagou-se, ficou escura por dentro.

O casamento só lhe trouxe amargos de boca, perdeu a confiança em si e nos outros, afastou-se da vida. Forçada a um isolamento e a uma ditadura doméstica que jamais conseguiu transpôr.

A música essa continuava nos seus ouvidos. Os dedos não voltaram a sentir o teclado fosse de marfim ou plástico mas a sensibilidade era perfeita. Imaginava grandes histórias de amor ao som de uma ou outra melodia.

Não era feliz, assumiu essa mesma vida triste embora não tivesse força e coragem para a deixar para trás. Afinal qual a culpa dos filhos em ter feito uma má escolha.

Um dia conheceu o Luís, homem mais velho, com um ideal de vida, lutador e consciente.

Rapidamente percebeu que este homem encaixava na sua vida. Embora diferente sentia-se fascinada pela troca de palavras que iam tendo. Lentamente apaixonava-se e para trás ia ficando aquela vidinha vazia. Com o Luís tudo era diferente. Ele fazia-a sentir-se bem, bonita, com vontade de ser mulher. Era divertido de sorriso aberto e inteligente. Gostavam um do outro de modos diferentes mas gostavam.

Ela sabia que não estava a agir correctamente e afastou-se. Passados anos e anos continua a pensar e a sonhar com ele. Espera um dia voltar a vê-lo para olhar o seu sorriso e sentir o abraço forte, indescritivel.

Afinal ainda é por ele que ela se sente mulher.

 

 

 


publicado por simplesblog às 14:26

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Segunda-feira, 10 de Novembro de 2008

Pessoas dificeis

Uma caracteristica que não tolero é a arrogância.

Passei um sábado fantástico na companhia do meu filho, amigo e marido. Passeamos bastante e os bons momentos para mim são aqueles que passo ao ar livre

Este sábado dediquei-o à Quinta de Sto. Inácio, em Avintes, Vila Nova de Gaia. Apesar de ser dispendioso o valor das entradas, os momentos que lá se passam são muito agradáveis: tudo está em harmonia, os animais, as flores e o espaço é digno do período romântico.

Gosto sempre de lá voltar e aconselho.

O meu filho delira e para mim é um consolo. Já o meu marido decidiu embirrar com o amiguito do filhote, um pré adolescente que como tal o nome indica, entrou na fase de usar determinado tipo de roupa e penteado. A mim não me incomoda, porque a pureza da sua idade permanece e isso agrada-me. A forma de chocar com o miúdo foi horrível e mais uma vez eu chego à conclusão que esta pessoa a quem chamo de marido nada tem a ver comigo. Decidiu simplesmente gozar, ou porque tinha o cabelo espetado, ou porque a máquina fotográfica não funcionava como ele dizia, enfim "parvalheiras" de um homem que com 40 anos não é capaz de discernir idades e ambientes.

Tirando isto, a tarde foi bem passada, porque os miudos usufruiram de uma nova experiencia.

Daí ter começado com a arrogância porque o meu marido foi mais uma vez arrogante, uma pessoa horrível. Não consegue ser diferente a pobre alma.

Porque vivo com esta pessoa se a mesma nada me diz, simples, tenho um filho. Muitos poderão dizer os filhos não devem ser motivo para a união dos pais, fácil dizer mas eu não me sinto de consciencia tranquila em terminar esta relação. Acho que o meu filho merece ter uma familia como todos os seus colegas da escola, eu devo esforçar-me nesse sentido, se o pai não é capaz eu tenho de superar e abraçar ambas as partes.

Sei que sou confusa, talvez tenha as ideias desordenadas, mas já tentei estar afastada e todas as noites ou quase todas tinha pesadelos neste sentido, achar que era egoísta e nao fazer tudo o que estava ao alcance para superar a situação e dar uma família ao meu filho.

Após este tempo de separação voltamos a aproximar-nos, tive muito medo, estive quase a desistir, mas os dois lados da balança pendiam ora para um ora para outro e acabei por voltar. Com isto ganhei a zanga da minha família, nunca mais a minha mãe e irmã me falaram, acharam que eu as enganei e decidiram simplesmente ignorar que eu existo e o desprezo é constante. Desprezo ao ponto de me verem em locais públicos e nem sequer me dirigirem uma palavra. Parece mentira mas é verdade. Quando decidi voltar, conversei com a minha mãe, tentei explicar os motivos, ela não quis ouvir, ficou mal e  a partir daí nuncai mais me falou.

Por um lado poderão ter razão sabem que este homem com quem vivo nunca me fez muito feliz e já "engoli muitos sapos" como se costuma dizer; por outro esta atitude também não facilita porque ele aproveita o desprezo delas para constantemente me espicaçar dizendo que são umas malvadas.

Chego a um beco que por muito que tente não encontro a saída, também a "crise" de que tanto se fala e que me afecta não permite que eu dê o salto para a independencia. Quando me separei vivi com os meus pais e aí o descalabro aconteceu porque o meu espaço nunca foi respeitado aliás fizeram-me a vida num inferno.

Esta "novela" irá continuar em posts seguintes, porque cheguei ao ponto de não desabafar com ninguém, acho que não devo sobrecarregar quem me rodeia e também porque a desconfiança impera.

 

 


publicado por simplesblog às 17:20

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