(Imagem retirada da internet)
Em 5 minutos estou na praia e hoje está um belo dia!
Durante a hora de almoço dei um saltinho à beira mar, apenas 15 minutos e senti-me revigorada. O cheiro, o sol e o mar táo bonito.
Valeu a pena, por alguns instantes senti-me livre.
Todos insistem em me aborrecer e se não coloco um travão um dia destes estou embriagada de anti-depressivos.
Como não sou de baixar os braços e desistir vou seguindo em frente.
Sinto-me um pouco cansada apesar de tudo e sozinha.
Não tenho uma família "decente" onde me possa apoiar, não tenho um marido capaz de me dar o ombro apenas para encostar a cabeça, o emprego é instável cheio de sobressaltos.
Tenho sim um filho maravilhoso que é o motivo por que me levanto todos os dias e me faz enfrentar o horror que tem sido estes últimos tempos.
Sempre ouvi que amar / gostar de alguém é dar o melhor de nós e não esperar nada em troca. Confesso que este tipo de frase nunca me disse muito, não sou adepta dos pensamentos dos "outros", nem vou muito por aí. Leio, revejo-me em alguns deles mas fico na mesma. Vou tirando algum proveito do que aprendo e sobretudo com as experiencias que vivo.
Gosto de me disponibilizar aos outros, não sou "abastada" em dinheiro, mas sempre que posso ajudar alguém faço-o incondicionalmente e quase nunca penso duas vezes. Desde sempre fui assim e sinto felicidade quando mais uma vez ponho em prática.
Porém reconheço que tenho levado bons "tabefes" ao longo de uns quase 20 anos de convivência com o homem que escolhi para viver comigo.
Sempre tive medo da solidão e na altura o lema era "mais vale um pássaro na mão que dois a voar". Hoje estou arrependida, tenho pena e medo de optar por outro tipo de vida.
Sei que qualquer tipo de sentimento que tivesse por ele, hoje já não sobrevive mais. Tantas desilusões e humilhações que qualquer amor por pequeno ou grande que fosse nao resistiria tanto tempo.
Caía numa hora e na meia hora seguinte já estava perto dele a tentar perceber o porquê da frase horrível que ele havia dito, o insulto, o palavrão. Sentia-me mesmo um caozinho que mendiga o afago. Isto vezes sem conta. Ele sempre com a sua arrogância a repelir quando o erro tinha partido apenas dele. Não olhava a nada. Falta de respeito por mim, pelo filho e por todos os que nos rodeavam.
Anos e anos.
Apesar de sentir que pouco ou nada já consigo sentir vou ainda lutando por tentar mudar um possível futuro, ajudando-o nos seus pontos fracos e nesses instantes esqueço-me de mim e daquilo que aquela pessoa me tem feito.
Este fim-de-semana foi de novo avassalador. Rídicula discussão.
Desta vez não vou ceder. Cansei-me! Vou aguardar o passar dos dias.
Basta de não pensar em mim.