Este fim de semana promete pelo menos a nível de bom tempo.
Sem dúvida que me sinto mais feliz quando está sol e calor. Os dias cinzentos onde o sol não espreita causam-me depressão. Mas sei que são necessários e enfrentar é palavra de ordem.
No domingo passado alinhei na corrida a favor da Associaçao de apoio ao linfoma e leucemia. Um momento bem passado no parque da cidade do Porto. Estas causas merecem todo o apoio nem que seja apenas pela divulgação. A corrida foi um pouco estafante devido à minha falta de exercicio. Durante o ano e até às ferias escolares andei a frequentar uma piscina enquanto o meu filho tinha aulas. Apesar de nem sempre conseguir manter um ritmo certo ainda "esbracejava" um pouco e treinava o coração a bater um pouco mais rápido. Como entretanto parei e já lá vai algum tempo, senti bastante e os musculos doeram durante uns dias.
Estamos no Outono e avizinham-se uma série de actividades que gosto. Começo pela apanha das castanhas no Parque biologico de Gaia e posterior Magusto. Este parque vale a pena ser visitado. Além da sua extensão, está muito bem preservado dando um ar de liberdade. Os animais estão em cercas bastante amplas e cuidadas. Os técnicos do parque são pessoas muito acessiveis, dedicadas e sobretudo simpáticas. Um espaço digno de visita mas aconselho calçado confortável porque o percurso é de mais ou menos 3 Km.
Sempre fui apaixonada pela natureza. Ainda não tive coragem ou melhor companhia, para fazer alguns percursos pedestres dos quais tenho curiosidade. Gosto imenso de descobrir locais sobretudo aldeias, perdidas nas serras. Aquelas onde as pessoas são genuinas e falam conosco como se nos conhecessem desde sempre. Existem alguns locais desses na serra da Freita em Arouca. Sei que agora já são poucas e a influencia dos emigrantes e respectivas construções conseguem estragar a beleza natural.
Vou tentar aproveitar bem estes dois dias de sol.
PS: O marido está aborrecido comigo, enfim este é o senão do fim-de-semana, que pensando bem tira-me um pouco o ânimo. É uma pessoa como já disse em posts anteriores, demasiado chegado aos pais e eu apesar de não valorizar muito isso, aborreço-me porque vou para casa depois do trabalho e trato de tudo sozinha e ele chega cerca das 21h, quase constantemente (fica em casa dos pais). Por mim até podia nao voltar para casa, talvez isso fosse melhor, mas a minha raiva está no facto de ele passar o dia sem ver o filho e mesmo assim não tem pressa de voltar para estar com ele. Sabe que o menino tem de ir para a cama cedo porque acorda às 7h da manhã, mesmo assim insiste neste ritmo estúpido.
Se lhe chamo a atenção para isto e para o facto de não colaborar minimamente nas tarefas, desespera-se, começa a falar alto, insulta e agora decidiu começar a partir coisas em casa.
Não tenho muita paciencia para estes acessos de fúria e espero que não se repitam porque caso contrário terei de repensar a minha vida e quem sabe afastar-me dele de vez.
ENFIM maldita vida a minha e maldita decisao de ter voltado para casa.
Deixo esta música que gosto muito.
Fiquei surpreendida, diga-se, sim senhor, estamos de parabéns, o papa virá a Portugal no próximo ano mais precisamente a 13 de Maio. Que lindo, que emocionante!
Mas a melhor noticia de hoje, já que estou em lides católicas, é que os senhores padres vao começar a descontar 11% para a segurança social. Vá lá uma medida decente.
Provavelmente os meus infortunios prendem-se com o facto de ser tão arredia das crenças religiosas.
Sinceramente respeito quem assim se quer manter mas felizmente vou tendo alguma sabedoria e discernimento.
Se há dias em que o cansaço, desilusão e tristeza se apoderam, esse dia é mesmo hoje.
Depois de um ano de trabalho dificil, com muitos altos e baixos, muita tensão, muita decepção, chegam as férias em Agosto. Para facilitar a vida são duas semanas numa altura do ano que detesto e para as quais nem posso sequer propor uma alteração.
Pois é cada vez mais as entidades patronais abusam dos empregados e desta vez estou ainda mais desiludida do que o habitual com esta "gentalha".
Nao consigo recuperar em duas semanas também não me estou vitimizar, apenas nao consigo e se há alguém que consegue então é super homem/mulher.
O meu ano resume-se a acordar todos os dias às 6h45m, tratar de tudo, casa, filho e marido.
Este último passa mais tempo doente do que com saúde e com tudo aquilo que isso implica. Estou constantemente a ser surpreendida com as consequencias da sua doença e não são nada agradáveis. Além da doença crónica de que sofre, nestes últimos meses tem-se agravado outros estados que vieram piorar significativamente a nossa pouca qualidade de vida.
Não sou de me lamentar, nem me deixar abater. Sempre fui bastante optimista e forte. A minha cabeça por vezes parece uma máquina a tentar encontrar alternativas para todos estes males.
Assim vivo.
No fim recebo em troca duas semanas de férias e uma falta enorme de respeito por parte do patrão que conhece muito bem a minha vida familiar.
Estou mesmo no limite.
Uma música para animar a semana.
Esta tem um ritmo acelerado tal como gosto.
para começar bem a semana.
Tenho escrito pouco, ainda sinto "constrangimento" em falar de mim.
Afinal diariamente leio uma série de blogs que gosto e apesar disso a coragem vai faltando para a par desses, também o meu ter algo a mostrar aos outros.
Não sinto que tenha uma vida tão interessante assim mas por enquanto vou escrevendo aquilo que me aborrece, sobretudo isso, no dia-a-dia.
Deste modo os últimos dias tem sido uma correria. O marido mais uma vez adoeceu porque ele padece de doença crónica com muitas e muitas recaídas. Ao longo dos anos tenho estado sempre presente ora a incentivá-lo, ora a procurar os melhores especialistas para o ajudar a minimizar os efeitos, enfim não há tréguas.
Esta semana que passou foi mais uma dessas em que quando a crise passou eu parei e fiquei tão mas tão cansada que aos meus olhos a vida passa, passa e eu não dou conta.
Não quero ser vítima nem pretendo ser interpretada como tal, mas preciso tanto de falar, desabafar e neste momento não tenho ninguém para o fazer. Fui perdendo a confiança nas pessoas e afastei-me. Vou gerindo os sentimentos à minha maneira e por isso noto que ando bastante cinzenta por dentro.
Resumindo, eu casei e passados poucos meses é detectada ao marido uma doença muito grave que como digo e apesar de já terem passados alguns anos, continua presente. Sei que ele sofre bastante com isso, nem duvido de tal, mas ao mesmo tempo eu precisava também um pouco de apoio. Ele é a maior vítima mas eu também sou porque tenho de gerir tudo, a casa, o filho, o dinheiro, tudo, tudo e mais tudo. Não consigo ter tempo, diga-se.
Também com o passar dos anos desliguei-me um pouco porque eu sempre tive consciencia que fazia o melhor por ele e mesmo assim fui e sou tão mal tratada que não sei como tenho conseguido levar isto em diante.
Desde os sogros com insinuações parvas que mereciam que nem sequer lhes olhasse para a cara, o próprio marido que nos seus momentos melhores não é capaz de me valorizar e na primeira oportunidade insulta e trata mal, desde dizer que lhe meto nojo entre outras.
Como disse esta semana foi de loucos e ele quando se sentiu melhor já veio com más palavras. ESTOU FARTA.
Talvez eu ainda não tenha percebido o que é o amor, porque com este tipo de vida é dificil ter tempo para pensar no que quer que seja. Talvez um dia eu vou colocar um ponto final muito grande em tudo isto.
Apesar da doença que o aflige, ele tem momentos em que está muito bem e nessas alturas devia aproveitar para cimentar o que temos, mas não, é demasiado crítico, muito influenciado pelos pais, chegando a ser uma pessoa horrível.
Resumindo não fomos em nada feitos um para o outro e digo isto não porque esteja cansada mas sim porque vou percebendo que o nosso modo de estar em todos os aspectos da vida é muito diferente.
Um dia isto vai melhorar certamente, eu sou muito positiva apesar de tudo e sei que vou conseguir ultrapassar e ir em frente e sobretudo ser feliz.
Desde sempre gostei de crianças e todos os filhos dos vizinhos ou familiares vinham para minha casa. Nessa altura eu teria 18 ou 20 anos. Dava-me muito bem com elas em todos os aspectos, ora para mudar fraldas, ajudar a comer ou mesmo ensinar.
Actualmente e mais velha um pouco, tenho um filho no 2º ano que me anda a por os cabelos em pé.
Tem aulas das 8h às 13h e o resto do tempo livre passa-o com os avós maternos.
Quase sempre faz os trabalhos de casa de forma atabalhoada, sem muita vontade. Chego à conclusão que não gosta da escola. No 1º ano o professor deu-me boas referencias; no 2º ano começou bem e tem vindo a piorar tanto a nível de aprendizagem como comportamento.
Hoje foi o dia "D", cheguei para o ir buscar como habitualmente e os seus coleguinhas informam-me que ele teve muito mau comportamento. Fiquei desalentada, pergunto-lhe o que se passou e a resposta é que o professor quer conversar comigo e que a culpa até nem é dele mas sim dos seus companheiros que falam e que insistem com ele para a conversa.
Não sei o que pensar.
Não sou muito de antecipar os factos, mas desta vez estou apreensiva e desanimada.
Ele gosta de conversar com o vizinho do lado é um facto, sei também que na sala dele existem meninos muito rebeldes. Ele é mais inocente e daí seja apanhado facilmente ao invés dos outros.
Que ansiedade!
Ele também perante a minha confrontaçao, disse-me que nunca acredito nele.
Desalento é mesmo a ordem do dia de hoje e até segunda feira.
Como não tem estudado o suficiente está proibido de ver televisão e jogar PS2, porém chega a casa dos avós (onde passa as tardes) e vê televisão, joga computador, visita os sites infantis. Se eu proibo ou resmungo os meus pais ficam contra mim nitidamente e estes actos constantes estão a saturar-me de um modo tão brutal que estou a ponderar muito seriamente colocá-lo num centro de activilidades de tempos livres. O méio é pequeno e a oferta não é muita.
Enfim aguardo pela segunda feira para tentar junto do professor perceber o que se está a passar.
Por vezes dou conta que paro e fico simplesmente a observar os outros.
Este meu comportamento nem sempre é bem aceite porque fico séria ou melhor absorta do que me rodeia e sou vista como uma pessoa antipática dado o meu ar sério.
Não me preocupo muito com o que os outros pensam, já dei demasiada importância ao ponto de sentir algum receio quando me cruzavam na rua. Esta atitude desde sempre foi imposta pelo ambiente familiar. A minha mãe habituada a um meio demasiado pequeno onde todos se conhecem, viveu sempre confrontada com estas situações. Se porventura algum deslize, diga-se uma chegada mais tarde a casa e isto eu já com 28 anos, era um grande problema para ela e para mim porque eu sabia de antemão que na manhã seguinte ia ser bombardeada com todo o tipo de insinuações, avisos e repreensões.
Este foi sempre o meu meio. Eu também cresci nesse ambiente e fui sendo sufocada lentamente.
Quanto a me acharem antipática não estou preocupada, porque não é isso que sou, pelo contrário estou sempre disponivel para os outros. Não sou de muitas falas, sou reservada talvez demais, mas um pouco fruto da minha educação.
Nunca senti da parte dos meus pais incentivo. Se tirava boas notas na escola a conversa era: "essa é a tua obrigação e já sabes se algo correr mal não tens segunda oportunidade". Sufoco apenas isso. Se os contrariava ou fazia algo errado era gozada ao ponto de nem me darem ouvidos e isso levava-me a desistir de fazer valer a minha opinião.
Actualmente sinto um grande cansaço quando penso em tudo isto e quero libertar-me porque este modo de educar não foi o melhor e hoje sinto isso na pele.
Neste momento estou só e tudo o que tiver de enfrentar será à minha custa.
São desabafos.
http://www.youtube.com/watch?v=bxh2-ALjRqg
A dada altura penso que todos temos necessidade de fazer alguns ajustes na nossa vida.
Não por falta de vontade mas sim por precaução, vou adiando essas mudanças, remedeio as frustrações com o vislumbre de no futuro algo bom me acontecer.
Cautela não me falta, coragem e determinação também não, mas tenho de me controlar e acima de tudo ACALMAR.
Após umas curtas férias de Natal, regressei ao trabalho não com energias renovadas porque quase não consigo descansar nestas mini-férias, mas com vontade de trabalhar como é hábito.
Trabalho numa empresa onde as pessoas não tem a mínima noção de respeito umas pelas outras.
Eu sou administrativa e trabalho directamente com a direcção.
Na área fabril existem alguns funcionários e eu sou sozinha na minha área.
Curiosamente alguns anos a esta parte, a empregada de limpeza demitiu-se por motivos de saúde e até à data quem executava esta função eram as colegas da parte fabril. Em 2008 um dos patrões decidiu impedir que elas o fizessem no escritório (diga-se escritório, sala de reuniões e WC de apoio), aliás PROIBIU. Desde que tomei conhecimento por parte das minhas colegas desta "decisão" de um dos patrões (são dois) tenho me sentido muito mal por aqui. Acho que mais uma vez a falta de educação fala mais alto, a estupidez humana no seu melhor. Sempre fui uma funcionária exemplar, sacrifiquei muitas vezes a minha vida pessoal em detrimento desta empresa. Raramente falto só em último recurso, inclusivé quando o meu filho está doente evito faltar.
Neste momento sinto que este meu patrão vai-se lá saber porquê, entende que eu devo fazer a limpeza das áreas que atrás citei, implicando para isso o uso de aspirador, esfregona, balde e pano do pó. Certas tarefas como despejar cestos de papeis, ou limpar o pó, não me importo de as executar agora o restante e dada a dimensão das áreas envolvidas acho que é um abuso.
Será que ele tem o direito de o fazer? será que ele não percebe a importância do meu trabalho aqui?
Estou desmotivada.
Marta vivia supostamente uma felicidade encoberta, não sabia como definir... na sua vida tudo estava tão errado, questionava-se mas sem sucesso. Voltava sempre ao ponto de partida de uma viagem que dava os seus primeiros sinais de cansaço e derrota.
A sua paixão de sempre era a música, lema de vida, inspiração e sonho.
Passou longas tardes junto de um piano, estudava, planava e tal como mãe que dá à luz, sentia uma alegria incontida quando dos seus dedos fazia soltar as melodias que tantas vezes escutava dos virtuosos e que também ela as podia sentir.
Ao pisar um palco pairava sobre os sons e sentia-se levitar. Nessa época era feliz, muito feliz.
A vida foi evoluindo a idade também avançou.
Casou e comprometeu-se ser fiel, companheira na saúde e na doença e tudo o que a igreja impõe embora contra a sua própria vontade. Sim porque não era católica, crente mas sem associação com religião ou seita.
A Marta de outrora perdera o brilho dos olhos, a alegria eufórica, o sorriso fácil e a inspiração. Apagou-se, ficou escura por dentro.
O casamento só lhe trouxe amargos de boca, perdeu a confiança em si e nos outros, afastou-se da vida. Forçada a um isolamento e a uma ditadura doméstica que jamais conseguiu transpôr.
A música essa continuava nos seus ouvidos. Os dedos não voltaram a sentir o teclado fosse de marfim ou plástico mas a sensibilidade era perfeita. Imaginava grandes histórias de amor ao som de uma ou outra melodia.
Não era feliz, assumiu essa mesma vida triste embora não tivesse força e coragem para a deixar para trás. Afinal qual a culpa dos filhos em ter feito uma má escolha.
Um dia conheceu o Luís, homem mais velho, com um ideal de vida, lutador e consciente.
Rapidamente percebeu que este homem encaixava na sua vida. Embora diferente sentia-se fascinada pela troca de palavras que iam tendo. Lentamente apaixonava-se e para trás ia ficando aquela vidinha vazia. Com o Luís tudo era diferente. Ele fazia-a sentir-se bem, bonita, com vontade de ser mulher. Era divertido de sorriso aberto e inteligente. Gostavam um do outro de modos diferentes mas gostavam.
Ela sabia que não estava a agir correctamente e afastou-se. Passados anos e anos continua a pensar e a sonhar com ele. Espera um dia voltar a vê-lo para olhar o seu sorriso e sentir o abraço forte, indescritivel.
Afinal ainda é por ele que ela se sente mulher.